Postagens

Mostrando postagens de julho, 2024

O Livro de Orações em Inglês: Nossa Herança e Mandato para a Missão.

Imagem
  Por bispo Chandler H. Jones. No sábado, 19 de maio de 2012, o mundo anglicano celebra um aniversário dramaticamente importante, mas não particularmente conhecido, pelo menos no nosso canto da vinha do Senhor. Essa data marca o 350º aniversário da promulgação do Livro de Oração Comum na edição inglesa de 1662. Por que é significativa esta publicação do Livro de Oração Inglês, pode-se perguntar com razão! O Livro de Oração Inglês de 1662 é o Livro-mãe da Comunhão Anglicana, a liturgia na qual se baseia cada revisão ortodoxa subsequente do Livro de Oração Comum em todo o mundo, incluindo a da revisão americana de 1928. Foi o Livro de Orações usado nas Colônias Americanas até a Revolução. Foi o Livro levado pelos missionários e evangelistas anglicanos que cobriram o globo nos séculos XIX e XX, levando o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo a muitas nações, tribos, povos e línguas. Foi e é o fundamento histórico da unidade anglicana, eclesiológica, teológica, litúrgica e sacramental.

Reflexões sobre a questão da validade das ordenações na Igreja Anglicana

Imagem
  Por P. H. I. Ramos. O questionamento sobre a validade das ordenações anglicanas já se tornou clichê entre os apologetas papistas. É evidente que, para qualquer cristão apegado à Tradição eclesiástica, a validade das ordenações é crucial, afinal a validade da Eucaristia depende da validade do sacramento da Ordem. Isso deveria ser particularmente vital para aqueles que professam a Presença Real de Jesus no Sacramento do Altar. Se um indivíduo não recebeu devidamente o sacramento da Ordem, ele não pode agir in persona Christ e, portanto, Jesus não estará presente na hóstia consagrada. Não é porque um indivíduo está usando estola que ele automaticamente é um ministro válido. De igual forma, nem todas as orações do mundo podem tornar uma ordenação válida fora do episcopado histórico. Isso nunca deveria ter sido questionado, mas os teólogos do século XVI ao salientarem o sacerdócio comum dos fiéis acabaram por rejeitar que há outro tipo de sacerdócio na Igreja Católica, o sacerdócio

POR QUE DEVEMOS LER OS DEUTEROCANÔNICOS E APÓCRIFOS?

Imagem
Por Rev. Padre Rodson Ricardo. Sou anglo-católico. Os anglicanos sempre fizeram algum uso litúrgico dos livros deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos apareceram como parte da Sagrada Escritura com a tradução das Escrituras Hebraicas para o grego por judeus alexandrinos que foram reunidos para esse propósito no Egito pouco antes dos tempos do Novo Testamento. Tudo indica que essa foi a “Bíblia” dos apóstolos.  Ao longo dos séculos, no entanto, esses livros foram contestados por muitos; muitos os consideram como tendo pouco ou nenhum valor como Escritura. Mas essa não era a posição da Igreja (Oriental e Ocidental) até o século XVI. Os primeiros Concílios Latinos de Roma (382), Cartago (397) e Trullo (Constantinopla 692) aceitaram os deuterocanônicos como canônicos, ou seja, adequados para proclamação e ensino durante a Sagrada Liturgia. A “Bíblia Anglicana”, ou seja, a Versão Original do Rei Tiago (KJV), 1611, continha certas Escrituras além daquelas normalmente encontradas na Bíbl